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Nossas regras de reabilitação

Através de anos de prática clínica, observamos que, se seguirmos algumas regras, a maioria dos pacientes que atendemos podem se sair muito bem com os serviços de fisioterapia. Mas, sabemos que o sistema atual de atendimentos de fisioterapia baseados em quantidade de atendimentos muitas vezes não permite que os fisioterapeutas prestem o melhor atendimento aos pacientes. É claro que tudo tem exceção. Abaixo segue algumas regras que geralmente funcionam para a maioria dos pacientes:

1: Individualização do tratamento

Não. Não falo do paciente ser atendido de forma individual não. Comento em relação a cada paciente receber um plano de tratamento específico para o seu caso. Cada caso é diferente. Não existe uma reabilitação que seja a mesma, cada pessoa tem a sua história. Isso devemos levar em consideração para manejar o melhor plano de tratamento fisioterápico. Não existe coisa mais sem lógica do que fazer a mesma coisa para vários pacientes com vários problemas diferentes. Se você ficou bom é que, na verdade, você ficaria bom de qualquer jeito. Com ou sem fisioterapia.

Se eu tivesse como ganhar R$ 10,00 toda vez que um paciente fez fisioterapia somente usando Gelo, Tens, Ultrassom e Infra-vermelho eu já estaria com uma grande poupança.

Ao dar aos um plano de tratamento específico para a patologia e o problema atual, é importante salientar que, se o paciente não cumpri-lo, isso não servirá de nada. Entenda que, por muitas vezes eu repito o mesmo plano para pacientes distintos, mas nunca será a mesma intensidade, frequência, dosagem, esforço...

2: Mantenha tudo simples

Por favor, venhamos e convenhamos, envelhecer é natural, rugas no rosto podem aparecer(ou não), seu cabelo poderá ficar branco (ou não), você ficará rabugento (ou não). Somos todos diferentes e o envelhecimento aparece diferente para cada pessoa. Não vamos ficar crianco caso para "artrose" , "degeneração", "Abaulamentos"... quando a maioria das pessoas assintomáticas terão esse tipo de "alteração" no exame.

Vamos manter as coisas simples. Nós temos que reconhecer e perceber que os machucados que os pacientes tem podem advir de muitos fatores, MAS nossas insterveções devem ser baseadas em simplicidade e progressão. Simples assim.

Por exemplo, muitos profissionais tendem a querer tirar os pontos de dor ou fazer com o movimento fique perfeito mas não pensam em em aumentar a capacidade, tolerância e resistência do paciente aquele movimento.

3: Desafie os pacientes

Os exercícios devem ser dasafiadores. Nem sempre precisam ser dolorosos. Eles devem desafiar os conceitos que o paciente têm (p. e. na flexão de tronco numa hérnia de disco) , devem ser dificesi de executar e causar "medo". Exercícios lúdicos (como atividades de cinesioterapia sem o paciente perceber o movimento que está fazendo) e em grupo são excelente para isso. Não há coisa mais espetacular de vê do que um paciente novo tentando acompanhar os mais idosos em um determinado exercício de equilíbrio. Isso é desafio.

O nível de enfrentamento, esforço e carga seguros deve ser determinado de paciente para paciente. isso mesmo, cada um é cada um. Cada um com sua história. Mas, se nós fisioterapeutas, formos melhores em tranquilizar (em vez de estressar), encorajar (em vez de limitar) e motivar (em vez de concordar), teríamos muito mais resultados positivos.

4: Seja paciente

O ditado "paciência é uma virtude" é uma das frases que pacientes e fisioterapeutas precisam lembrar constantemente. É normal, claro, que o pacientes fiquem impacientes devido a dor, a não resolução da lesão ou em permanecer incapacitado. Mas o problema é que, se o fisioterapeuta ficar impaciente, não há progresso seguro e não há reconhecimento do tempo que se precisa para uma patologia se recuperar. Claro que precisamos sempre estar atentos a piora do paciente mas precisamos perceber que os efeitos da cinesioterapia nem sempre são imediatos ( Mas funcionam muito bem). É só lembrarmos da época que, aqui na clínica fisio, os pacientes eram atendidos de forma impessoal e "do mesmo jeito" para todos (Sim, já passamos por isso!). Nossos resultados clínicos hoje são 500% melhores que em 2012. Hoje podemos dizer que temos uma taxa de resultado excelente(não pelo tempo, mas pelo nosso trabalho).

É, muitas vezes, engraçado quando algum ou outro paciente que está muito nervoso "dá um grito" de dor. Não vou mentir que no início o terapeuta gela, mas depois com a prática clínica, após um grito de dor, o melhor que sei fazer é sorrir e dizer "vamos tentar novamente?".

5: Vamos trabalhar com movimentos, não com músculos.

Os fisioterapeutas sabem, mas precisam colocar na prática clínica que, um determinado exercício, não é um músculo que está fazendo. Só porque um paciente tem 3 ou 4 músculos fracos, não significa que eles precisem de 3-4 exercícios separados de isolamento. Às vezes, um movimento composto pode fazer com que todos esses músculos funcionem tão bem quanto, se não melhor, que 3-4 exercícios isolados. Por isso que um problema de cotovelo, pode ser exercitado com alguns exercícios de ombro. O movimento é indireto e o paciente se sente mais confortável.

6: Não há (quase) exercícios ruins

Não há dúvida de que há muitos exercícios esquisitos e, bizarros mas na minha opinião há muito poucos exercícios perigosos. Claro que, todos os exercícios podem ser perigosos se não houvevr uma progressão de carga apropriada.

Se você passou 30 dias imobilizado, está sem capacidade de caminhar 5 minutos sem dor, se um dia caminhar 10 minutos você ficará todo "quebrado" certo?

Na minha opinião, existem muito poucos exercícios perigosos. O perigo de qualquer exercício tende a surgir devido à má administração de cargas, e não à má técnica. Fazer qualquer exercício em excesso, com muita frequência, é muito mais provável que cause problemas do que fazer um exercício com a chamada técnica incorreta.

Estão ai. Seis regrinhas. Desculpe pelo erros de gramática (nem sempre consigo escrever o que penso de maneira correta. Mas estou aprendendo).

Obrigado pela leitura.

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